sexta-feira, 8 de outubro de 2010

poema de amor despudorado

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Teu corpo queima minha boca
te encerro em meus braços
te esmago com o peso da minha raiva
enquanto 
elástica
tu me atiça.

Vou te arrebentar, sua puta
digo com uma voz que talvez não seja a minha
vai me arrebentar? - pergunta
puta.
Digo:
Sim - caralho - vou te arrebentar
vou terminar contigo e comigo
vou me explodir dentro de ti.

E beijando a boca
o queixo
a nuca,
e forçando músculos
as veias juntas
me esvaio
te lavo em mim
tu, que só é minha
no vazio iluminado
dos nossos olhos revirados
no áspero do gozo.

(novembro de 2008)

2 comentários:

  1. (atenção, isto não é propriamente um comentário ao post)
    Se eu tivesse o bolso preenchido, ia chamar pra beber umas esse sábado, John. Mas a gente pode improvisar.

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  2. de Anônimo para Antônimo: te leio porque me curas ao contrário

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